Rugby

A entidade que governa o Rugby Union no mundo é o World Rugby (www.worldrugby.org), antigamente conhecido como International Rugby Board (IRB), fundado em 1886. No Brasil, o Rugby é governado pela Confederação Brasileira de Rugby, CBRu (www.brasilrugby.com.br), fundada em 2010 em substituição à antiga Associação Brasileira de Rugby (ABR).

A modalidade paralímpica do Rugby, o Rugby de Cadeira de Rodas, ou Quad Rugby, é governado no mundo pela IWRF (www.iwrf.com) e no Brasil pela ABRC (www.rugbiabrc.org.br), sendo formalmente reconhecido pelo World Rugby.

O “Rugby” também pode ser escrito em português do Brasil como Rúgbi, ao passo que a forma Râguebi é usada em Portugal.

Rugby Union

A forma do Rugby Union é a mais difundida ao redor do mundo, e é praticada no Brasil. Existem duas modalidades principais do Rugby Union: a tradicional com 15 jogadores de cada lado (XV ou 15-a-side) e a modalidade reduzida com 7 jogadores de cada lado, o Seven–a-Side (Seven , Sevens ou 7s), disputada com as mesmas regras, com apenas pequenas variações. Menos difundido, o Ten-a-side (Tens ou 10s) , com 10 jogadores de cada lado, é igualmente regulamentado.

O World Rugby também sanciona modalidades adaptadas de Rugby, como o Beach Rugby Fives (Rugby de Areia, com 5 jogadores de cada lado), o Touch Rugby e o Tag Rugby (formas de Rugby com contato reduzido).

Rugby no mundo

• Segundo esporte coletivo mais praticado no mundo

• Praticado em 120 países

• Copa do Mundo de Rugby terceiro maior evento do mundo atrás somente da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas.

• 5 milhões de jogadores ligados ao IRB (a FIFA do Rugby)

• 90 milhões de libras esterlinas a receita da última Copa do Mundo de Rugby

A evolução a nível nacional

2007

– Transmissão da Copa do Mundo de Rugby pela ESPN

2009

– Inclusão do Rugby no programa olímpico
– Fundação da FGR – Federação Gaúcha de Rugby

2010

– Campanha da Topper;
– Apoio do COB.

2011

– Apoio do Ministério dos Esportes;
– Novos parceiros para a CBRu;
– Transmissão ao vivo de jogos nacionais

2012

– Novos patrocinadores para a CBRu;
– SporTV até 2017 transmitindo determinados jogos do brasileiro;
– Novos circuitos

Audiência na TV*

• Audiência de 3 milhões de pessoas nos jogos finais do campeonato brasileiro de 2012.

• Audiência maior que natação e atletismo.

• Muito próximo da audiência do basquete da NBB.

• No Rio Grande do Sul, são 600 jogadores federados e 30 clubes.

• 53% das classes A e B.

• 57% homens.

*Fonte SporTV

Rugby Union***

Bola

A bola de Rugby é de formato oval, varia de 28,0 cm à 30,0 cm, com uma circunferência total de 74,0 cm a 77,0 cm, e de seção transversal de 58,0 cm à 62,0 cm, sua pressão deve estar entre 65,71 e 68,75 kPa, tendo assim, entre 410 à 460 gramas.

Campo

O campo é de formato retangular, tem comprimento máximo de 144 metros e largura máxima de 70 metros, e não há um mínimo determinado. A superfície é preferencialmente de grama, sendo que a grama artificial é permitida caso esteja em acordo com as regulações do World Rugby. O jogo pode ser sobre a neve, desde que a neve e a superfície subjacente sejam seguros para tal. Não é permitido jogar-se em uma superfície dura permanente como concreto ou asfalto.

A linha que marca o início do in-goal, também chamada de linha de meta, é considerada parte dele. As linhas laterais são consideradas fora de campo. Caso um atleta em posse da bola toque na linha lateral é considerado que a bola saiu do campo.

Tempo

Na modalidade de 15 jogadores, uma partida de Rugby é disputada em 2 tempos com 40 minutos cada. Após o fim de 40 minutos, o jogo se encerra quando a bola sair de campo, quando forem anotados pontos ou quando o time em posse da bola cometer uma falta. Partidas juvenis tem tempo reduzido, com 2 tempos de 35 minutos para partida M19.

No Seven-a-side, são 2 tempos de 7 minutos. No Ten-a-side são 2 tempos de 10 minutos.

Oficiais de jogo

Uma partida de Rugby conta com um árbitro principal, auxiliado por dois assistentes nas linhas laterais. Pode haver também um quarto árbitro e um juiz de vídeo (chamado de TMO).

Número de jogadores

São 15 jogadores de cada lado, sendo 3 especialistas (pilares e hooker). Uma equipe pode efetuar 7 substituições, sendo 2 reservadas para jogadores especialistas.

Podem ser efetuadas substituições temporárias em caso de sangramento. O jogador que está sangrando sai de campo e tem 15 minutos para estancar o sangramento, enquanto outro atleta joga em seu lugar.

Objetivo e pontuação

Existem quatro formas de se pontuar no Rugby, sendo elas o objetivo do jogo.

Try (ensaio): para anotar um try, um jogador deve alcançar ou ultrapassar a linha de in-goal do adversário (a linha de fundo) e apoiar a bola contra o solo, sendo necessário o contato simultâneo voluntário entre o atleta, a bola e o chão. Um try vale 5 pontos, e dá direito a um chute a gol (a conversão) para o time que pontuar. Em português, a tradução para “try” é “ensaio”.

Penal try (Penalty try): quando um jogador é impedido de anotar um try certo por meio de um penal, o árbitro pode anotar um pentaly try, isto é, validando um try para a equipe que sofreu o penal. O local do chute de conversão de um penal try é sempre exatamente em uma posição frontal aos postes.

Um jogador pode apoiar a bola em seu próprio in-goal. A jogada resulta NÃO resulta em try. Se o defensor introduziu a bola no in-goal, será anotado um scrum a 5 metros para o adversário. Se o atacante introduziu a bola no in-goal, o time defensor poderá efetuar um chute (para fora ou não) a partir da linha de 22 metros, ou sair jogando (free kick).

Conversão: após anotar um try, a equipe tem direito a um chute a gol valendo 2 pontos. O local de onde o chute será dado deverá ser em qualquer local de uma linha imaginária paralela às laterais e perpendicular ao local onde o try foi anotado (isto é, onde a bola foi apoiada no chão).
“Try Convertido” é o termo usado para quando um try foi convertido quando o chutador acertou a conversão, totalizando 7 pontos na jogada (5 do try + 2 da conversão).

Chute de Penalidade (Penal): após faltas graves, de ação deliberada, o árbitro poderá anotar um penal contra a equipe infratora. A equipe que sofreu o penal poderá optar por um chute a gol do local onde a penalidade foi cometida. Um chute de penalidade certeiro vale 3 pontos.

Drop goal (pontapé de ressalto): a qualquer momento da partida, um jogador poderá tentar um drop goal. Para um drop goal ser validado, a bola deverá ter tocado o chão imediatamente antes de ser chutada, em um movimento de “bate pronto”. Um drop goal certeiro vale 3 pontos.

Posições

No Rugby de 15 jogadores, o conjunto de jogadores numerados de 1 a 8 e seus respectivos reservas são chamados de Forwards (Avançados), enquanto os atletas numerados de 9 a 15 e seus respectivos reservas são os Back (Linha).

1 – Pilar fechado
2 – Hooker (Talonador)
3 – Pilar aberto
4 – Segundas linha
5 – Segunda linha
6 – Asa fechado
7 – Asa aberto
8 – Oitavo
9 – Scrum-half (Médio scrum , Meio Scrum ou Médio de formação)
10 – Abertura
11 – Ponta esquerdo
12 – Primeiro Centro
13 – Segundo Centro
14 – Ponta direito
15 – Fullback (Zagueiro ou Defesa)

No Seven-a-side, são utilizados dois pilares, um hooker, um scrum-half, um abertura, um centro e um ponta.

Regras principais

Kick-off e reinício: a partida deve ser iniciada ou reiniciada com um chute efetuado a partir do centro do campo, devendo a bola percorrer pelo menos 10 metros para frente.
Quando pontos são marcados, no Rugby de 15 jogadores, a equipe que sofreu os pontos deve efetuar o chute de reinício.

No Seven-a-sie, quem efetua o reinício é a equipe que marcou os pontos, sendo, portanto, o oposto do Rugby de 15 jogadores.

Tackle (placagem): Somente o jogador que está com a posse da bola pode receber uma placagem, isto é, pode ser derrubado ou agarrado por um adversário. Derrubar ou obstruir um jogador que não esteja de posse da bola resulta em penalidade.

O tackle pode ser feito somente da linha do peito do adversário para baixo. Um tackle acima é punido com uma penalidade. Nenhum movimento de violência contra o adversário pode ser usado na tentativa de contê-lo, e não é possível fazer uso das pernas para se derrubar o adversário. O jogador que efetua o tackle é responsável pela segurança daquele que o sofreu.

Passe com a mãos: a bola pode ser passada com as mãos somente para um jogador atrás ou na mesma linha do jogador com a posse da bola. Uma bola passada para a frente resulta em uma falta, chamada de passe para frente, ou forward pass. A falta resultante é penalizada com um scrum para o adversário.

Knock on (bola para frente): Será anotada uma falta toda vez que um jogador deixar a bola cair para a frente, sendo penalizado com um scrum para o adversário.

Chute: um jogador pode chutar a bola para frente, mas somente o chutador ou um jogador que estivesse atrás ou na mesma linha do chutador no momento do chute podem apanhar a bola. Um jogador que estiver à frente estará em impedimento.

Um chute pode ser efetuado para fora. Se o chute foi dado à frente da linha de 22 metros defensiva, o lateral será cobrado do local paralelo onde a bola tocou o solo pela última vez. Se o chute foi dado atrás da linha de 22 metros defensiva, o lateral será cobrado no local onde a bola saiu.

Em penalidades graves, a equipe que recebeu a falta pode optar por chutar a bola para fora e cobrar o lateral no local onde a bola saiu.

Mark (marca): um jogador defensor que receba um chute do adversário dentro da área de 22 pode pedir a marca no momento que tocar o solo com os pés. Com a marca, ele não poderá ser tocado e deverá chutar a bola para frente ou sair jogando (com um free kick).

Linha de impedimento: em jogadas paradas, a bola ou uma formação fixa marcam a linha de impedimento. Todos os jogadores devem ficar atrás da bola ou da formação. Um jogador que se posicione à frente dela está em posição de impedimento, não podendo participar da jogada. A participação resulta em penalidade. No jogo aberto, não há impedimento dos atletas que iniciaram a jogada em posição legal.
Obstrução: um jogador não pode obstruir a passagem de um jogador adversário, podendo ser punido com uma penalidade.
Jogador ao solo: quando o jogador que tem a posse da bola for ao solo, ele deverá deixar a bola livre. O ato de segurar a bola no solo resulta em penalidade. O jogador tem direito a um movimento com a bola antes de soltá-la.

Vantagem: se a equipe que sofreu uma falta levar vantagem em uma jogada, o árbitro permitirá a sequência da jogada.

Formações

Scrum (formação ordenada): formação usada pelos forwards para recomeçar o jogo após algumas jogadas irregulares ou penalidades leves.
8 jogadores de cada lado formam uma escaramuça e se empurram. O scrum-half do time que recebeu a penalidade introduz a bola no meio da formação, e os atletas do scrum (exceto os pilares) podem utilizar os pés para puxar a bola. Os 3 jogadores da primeira linha são especialistas, e só pode haver disputa no scrum se os dois times possuem tais jogadores.

No Seven-a-side, apenas 3 jogadores de cada equipe (dois pilares e um hooker) participam do scrum.

Ruck (formação espontânea): formação muito comum que costuma acompanhar um lance de contato. Após receber um tackle e ir ao solo, o atleta é obrigado a soltar a bola, seguindo-se um ruck, no qual os atletas das duas equipes disputam a posse da bola, que está no chão.Todos os demais jogadores devem ficar atrás do último homem que está na formação, não podendo entrar no ruck pela sua lateral ou pelo lado do adversário. A bola não pode ser manuseada pelos atletas que estão no chão.

Maul (volante/formação móvel): formação que segue um lance de contato. Um maul é caracterizado quando três ou mais jogadores estão em contato simultâneo e, em pé, disputam a posse da bola, que não está no chão. Assim, pode ser formado um maul, no qual os jogadores empurram os atletas que se chocaram a fim de levar a bola adiante. Derrubar um maul propositalmente resulta em penalidade. Nenhum atleta pode entrar no maul pelo lado da formação o pelo lado do adversário.

Lateral (lineout): quando a bola sai pela linha lateral, a reposição é normalmente feita por meio de um line-out. Jogadores de cada equipes formam duas fileiras perpendiculares à linha lateral e espaçadas por 1 metro. A bola deve ser lançada justamente a meia distância entre as duas fileiras, ocorrendo a disputa entre as equipes. As fileiras de atletas podem erguer jogadores para disputarem a bola no ar, mas nenhum jogador no ar pode ser tocado pelo adversário.
Um atleta pode cobrar rapidamente o lateral antes que o alinhamento seja formado.

 

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